Informações Complementares
Descrição
Pó liofilizado para solução injetável intravenosa em frasco-ampola de uso único. Embalagem com 1 frasco-ampola com 50 mg de decitabina
- Via Intravenoso
- Uso Adulto
Para que esse medicamento é indicado? DECITABINA
Este medicamento é indicado para o tratamento da:
- Síndrome Mielodisplásica (SMD), um grupo de doenças onde a medula óssea produz células do sangue
malformadas e não produz quantidade suficiente de células do sangue normais, tratada ou não tratada
anteriormente.
- Leucemia Mieloide Aguda (LMA), um tipo de câncer que afeta as células do sangue. Você irá utilizar
decitabina quando for recém-diagnosticado com Leucemia Mieloide Aguda. A decitabina é usado
apenas em pacientes adultos.
DECITABINA - Composição
Cada frasco-ampola de pó liofilizado contém 50 mg de decitabina.
Excipientes: fosfato de potássio monobásico, hidróxido de sódio.
Após reconstituição asséptica com 10 mL de água para injetáveis, cada mL do concentrado da solução
contém 5 mg de decitabina.
Para que serve DECITABINA
Para tratamento de pacientes adultos com leucemia mieloide aguda (LMA) “de novo” ou secundária, recém diagnosticada, de acordo com a classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Como funciona DECITABINA
A decitabina atua interrompendo o crescimento e causando a morte das células do câncer.
A decitabina é um medicamento antineoplásico que inibe enzimas do DNA levando à supressão do tumor.
Em Síndrome Mielodisplásica, o tempo mediano para início de uma reposta clínica (melhora no número
de células sanguíneas) observado durante estudos clínicos foi cerca de 1,2 a 1,7 meses. Conforme
observado durante estudos clínicos, o tempo mediano para atingir a melhor resposta foi mais longo, de 3,1
a 5,3 meses.
Em LMA, o tempo mediano para início da resposta clínica (melhora no número de células sanguíneas)
observado durante o estudo clínico Fase 3 foi de 3,7 meses. O tempo mediano para alcançar a melhor
resposta foi de 4,3 meses, conforme observado no mesmo estudo clínico.
Converse com seu médico se você tiver dúvidas a respeito do funcionamento de decitabina ou sobre por
que este medicamento foi prescrito para você.
DECITABINA - Contraindicações
Este medicamento é contraindicado se você apresentar hipersensibilidade (alergia) conhecida à decitabina
ou a qualquer um dos componentes da fórmula.
Este medicamento é contraindicado durante a amamentação.
Não use decitabina se qualquer um dos casos anteriores se aplicarem a você. Se você não tiver certeza,
converse com seu médico antes de usar decitabina.
Como tomar DECITABINA
A decitabina deve ser administrado sob a supervisão de médicos com experiência no uso de agentes
quimioterápicos.
A decitabina não é um medicamento vesicante ou irritante. Se ocorrer extravasamento de decitabina, os
protocolos da Instituição para o manejo de drogas de administração intravenosa devem ser seguidos.
A decitabina é administrado diluído em soro por injeção na veia (infusão intravenosa).
A decitabina deve ser reconstituído assepticamente com 10 mL de água estéril para injetáveis. Após a
reconstituição, cada mL contém aproximadamente 5,0 mg de decitabina.
Imediatamente após a reconstituição, a solução deve ser diluída com solução de cloreto de sódio a 0,9%
injetável ou solução de glicose a 5% injetável até uma concentração final do fármaco de 0,15 a 1,0
mg/mL.
Posologia
O médico irá definir a dose de decitabina que você irá receber com base na sua altura e peso (área da
superfície do corpo) e o tratamento será administrado durante 5 dias ou 3 dias por ciclo.
Em geral, você receberá pelo menos 4 ciclos de tratamento. O médico poderá modificar ou atrasar a dose
e alterar o número total de ciclos dependendo da maneira como você responde ao tratamento. Esquema de Tratamento da Leucemia Mieloide Aguda
Em um ciclo de tratamento, decitabina é administrado na dose de 20 mg/m2
de superfície corporal, por
infusão intravenosa durante uma hora, repetida diariamente durante 5 dias consecutivos (isto é, um total
de doses por ciclo de tratamento). A dose total diária não deve exceder 20 mg/m2
e a dose total por ciclo
de tratamento não deve exceder 100 mg/m2
.
O ciclo deve ser repetido a cada 4 semanas, dependendo da
resposta clínica do paciente e da toxicidade observada. Se uma dose for omitida, o tratamento deve ser
retomado o mais rapidamente possível. Este esquema posológico pode ser administrado em ambiente
ambulatorial.
Esquema de Tratamento das Síndromes Mielodisplásicas
a) Esquema posológico de 3 dias
Em um único ciclo de tratamento, a decitabina deve ser administrado numa dose fixa de 15 mg/m2
de
superfície corporal por infusão intravenosa, durante um período de 3 horas, a cada 8 horas, durante 3 dias
consecutivos (ou seja, um total de 9 doses por ciclo de tratamento). Este ciclo é repetido
aproximadamente a cada 6 semanas, dependendo da resposta clínica do paciente e da toxicidade
observada. A dose total diária não deve ultrapassar 45 mg/m2
e a dose total por ciclo de tratamento não
pode ultrapassar 135 mg/m2
. Se uma dose for omitida, o tratamento deve ser retomado o mais
rapidamente possível.
b) Esquema de Dose Modificada de 5 dias para paciente ambulatorial
A decitabina pode ser administrada em uma posologia de 20 mg/m2
com infusão IV de 1 hora,
diariamente por 5 dias consecutivos (ou seja, um total de 5 doses por ciclo). A quantidade total por curso
é de 100 mg/m2
. Não haverá escalonamento de dose para a decitabina. Os ciclos serão administrados a
cada 4 semanas. A dose total diária não deverá exceder 20 mg/m2
e a dose total por ciclo de tratamento
não deve exceder 100 mg/m2
Em alguns casos, a resposta à decitabina é somente observada após múltiplos cursos de tratamento.
Portanto, para maximizar a possibilidade de resposta ao tratamento, recomenda-se que os pacientes sejam
tratados por um mínimo de 4 ciclos. Entretanto, a remissão completa ou parcial pode levar mais de 4
ciclos. O tratamento pode ser continuado enquanto o paciente se beneficiar, isto é, na ausência evidente
de progressão da doença ou de toxicidade intolerável.
Antes de cada dose de decitabina, o paciente poderá ser avaliado em relação a possíveis toxicidades que
possam ter ocorrido após as doses anteriores e que são pelo menos possivelmente relacionadas, na opinião
do médico. Todas as toxicidades estabelecidas previamente ou novas toxicidades observadas a qualquer
momento podem ser gerenciadas conforme descrito a seguir.
Manejo da mielossupressão e complicações associadas
A mielossupressão (inibição da medula óssea) e os eventos adversos relacionados à mesma como
trombocitopenia (diminuição do número de plaquetas), anemia, neutropenia (diminuição do número de
neutrófilos) e neutropenia febril (diminuição do número de neutrófilos com temperatura corporal ≥
38,5ºC) são comuns tanto em pacientes em tratamento como não tratados para síndrome mielodisplásica e
leucemia mieloide aguda. Complicações da mielossupressão incluem infecções e sangramentos. O
tratamento deve ser modificado em pacientes com mielossupressão e complicações associadas, conforme
descrito a seguir:
Leucemia mieloide aguda
O tratamento deve ser atrasado a critério médico se o paciente apresentar complicações associadas à
mielossupressão, tais como as descritas a seguir:
- neutropenia febril (temperatura ≥ 38,5ºC e contagem absoluta de neutrófilos <1000/ mcL).
- infecção ativa de origem viral, bacteriana ou fúngica (isto é, exigindo anti-infecciosos intravenosos ou
tratamento de suporte intensivo)
- sangramento (gastrintestinal, genito-urinária, pulmonar, com plaquetas <25.000/mcL ou qualquer
hemorragia do sistema nervoso central).
O tratamento com decitabina pode ser retomado assim que estas condições apresentarem melhora ou se
estabilizarem com tratamento adequado (terapia anti-infecciosa, transfusões ou fatores de crescimento).
A redução da dose não é recomendada.
Síndrome mielodisplásica
a) Esquema posológico de 5 dias
A redução da dose não é recomendada nesta configuração clínica para otimizar o benefício ao paciente. A
dose deve ser atrasada da seguinte forma:
a.1) Modificação da dose nos primeiros 3 ciclos
Durante os primeiros ciclos de tratamento, citopenias (diminuição de células sanguíneas) moderadas a
graves são comuns e podem não representar progressão da Síndrome Mielodisplásica. As citopenias prétratamento podem não melhorar até depois do ciclo 3.
Para os três primeiros ciclos, a fim de otimizar o benefício ao paciente na presença de neutropenia
moderada (contagem absoluta de neutrófilos < 1000/mcL), devem ser feitas todas as tentativas para
manter o tratamento com dose completa e com intervalo padrão entre os ciclos. A profilaxia
antimicrobiana concomitante, de acordo com as diretrizes institucionais, deve ser administrada até a
recuperação dos granulócitos para um valor acima de 500/mcL. O médico deve considerar, também, a
necessidade da administração precoce de fatores de crescimento durante este período, para a prevenção ou
o tratamento de infecções em pacientes com Síndrome Mielodisplásica. De forma similar, para otimizar o
benefício para o paciente na presença de contagem de plaquetas <25.000/mcL, devem ser feitas todas as
tentativas para manter o tratamento com dose completa, com intervalo padrão entre os ciclos e
administração concomitante de transfusão de plaquetas no caso de sangramentos.
a.2) Modificação de dose após o Ciclo 3
A dose de decitabina pode ser atrasada nos casos em que qualquer uma das seguintes toxicidades sejam
consideradas ao menos possivelmente relacionadas ao tratamento:
Complicações graves associadas à mielossupressão grave (infecções que não são resolvidas com
tratamento anti-infeccioso adequado e sangramento não resolvido com tratamento adequado);
Mielossupressão prolongada, definida como medula hipocelular (celularidade de 5% ou menos)
sem evidência de progressão da doença por 6 semanas ou mais após o início do ciclo de
tratamento.
Se a recuperação da contagem absoluta de neutrófilos >1.000/mcL e plaquetas >50.000/mcL necessitar de
mais de 8 semanas, o tratamento deve ser descontinuado e o paciente deve ser avaliado quanto à
progressão da doença (por aspirados de medula óssea) dentro de 7 dias após o término das 8 semanas.
Para os pacientes que receberam tratamento por pelo menos 6 ciclos e que continuaram a obter benefícios
da terapia, um atraso prolongado além de 8 semanas pode ser permitido, na ausência de progressão da
doença, a critério do médico.
b) Esquema posológico de 3 dias
b.1) Modificação da dose nos primeiros 3 ciclos
Durante os primeiros ciclos de tratamento, citopenias (diminuição de células sanguíneas) moderadas a
graves são comuns e podem não representar progressão da síndrome mielodisplásica. As citopenias prétratamento podem não melhorar até após o Ciclo 3.
Para os três primeiros ciclos, a fim de otimizar o benefício ao paciente na presença de contagem absoluta
de neutrófilos <1.000/mcL), devem ser feitas todas as tentativas para manter o tratamento com a dose
completa e no intervalo padrão entre os ciclos. A profilaxia antimicrobiana concomitante, de acordo com
as diretrizes institucionais, pode ser administrada até a recuperação dos granulócitos para um valor acima
de 500/mcL. O médico deve considerar também a necessidade da administração precoce de fatores de
crescimento durante este período, para a prevenção ou o tratamento de infecções em pacientes com
Síndrome Mielodisplásica.
De forma semelhante, para otimizar o benefício para o paciente na presença de contagem de plaquetas
<25.000/mcL, devem ser feitas todas as tentativas para manter o tratamento com a dose completa no
intervalo padrão entre os ciclos e com a administração concomitante de transfusão de plaquetas no caso
de eventos hemorrágicos.
b.2) Modificação da dose após o Ciclo 3
Se a recuperação da contagem absoluta de neutrófilos >1.000/mcL e plaquetas >50.000/mcL de um ciclo
de tratamento anterior com decitabina, com citopenia(s) (diminuição de células sanguíneas)
persistente(s) sendo considerada(s) relacionada(s) à administração do medicamento, ocorrer em mais de 6
semanas, então, o próximo ciclo de decitabina deve ser atrasado e a dose reduzida pelo algoritmo a
seguir. Toda redução da dose que ocorrer deve permanecer em efeito durante o tratamento, não devendo
haver re-escalonamento da dose.
Recuperação exigindo mais de 6 semanas, mas menos de 8 semanas - a administração de
decitabina deve ser atrasada por até 2 semanas e a dose reduzida para 11 mg/m2
a cada 8 horas
(33 mg/m2
/dia, 99 mg/m2
/ciclo) ao reiniciar o tratamento.
Recuperação exigindo mais de 8 semanas, mas menos de 10 semanas - a dose de decitabina
deve ser atrasada por até mais duas semanas e reduzida para 11 mg/m2
a cada 8 horas (ou seja, 33 mg/m2 /dia, 99mg/m2 /ciclo) ao reiniciar o tratamento e mantida nos ciclos subsequentes,
conforme clinicamente indicado.
Recuperação exigindo mais de 10 semanas – o tratamento deve ser descontinuado e os pacientes
devem ser avaliados quanto à progressão da doença (por aspiração da medula óssea) dentro de 7
dias após o término das 10 semanas. Entretanto, para pacientes que foram tratados por pelo
menos 6 ciclos e que continuam a se beneficiar do tratamento, um atraso prolongado além das 10
semanas pode ser permitido, na ausência de progressão, a critério do médico responsável pelo
tratamento.
Populações especiais
Pacientes pediátricos: a segurança e eficácia em pacientes pediátricos não foram estabelecidas.
Insuficiência hepática: não foram conduzidos estudos em pacientes com insuficiência hepática A
necessidade de ajuste de dose em pacientes com insuficiência hepática não foi avaliada. Se ocorrer piora
da função hepática, os pacientes devem ser monitorados cuidadosamente.
Insuficiência renal: não foram conduzidos estudos em pacientes com insuficiência renal. No entanto, os
dados de estudos clínicos que incluíram pacientes com insuficiência leve a moderada não indicaram
necessidade de ajustar a dose. Pacientes com insuficiência renal grave foram excluídos destes estudos.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do
tratamento.
Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.ADVERTÊNCIA
Ao persistirem os sintomas o médico deverá ser consultado